
O mercado de DTH está vivendo um momento turbulento, mas ainda tem muita sobrevida no Brasil. A afirmação é do presidente da Eutelsat Brasil, Rodrigo Campos. A operadora - que comprou uma licença orbital da Anatel e está com operação comercial de um satélite geoestacionário - o Eutelsat 65 West A com cobertura integral do país desde o final de abril - aposta na retomada do segmento.
Essa visão positiva é
respaldada por um estudo que projeta para, 2020, 20 milhões de
assinantes de TV por satélites no Brasil. Atualmente, são 16 milhões. A
Eutelsat também ressalta que as operadoras vão precisar de mais capacidade na
banda Ku para adicionar os canais HD a sua grade. Isso porque se
projeta para os próximos quatro anos, uma oferta local de 627 canais de
alta definição.
"O DTH está num momento ruim, mas não há como não ter o negócio de TV por satélite no Brasil. O meio terrestre é muito caro. Fibra é muito caro. O mercado vai ser retomado",
preconizou Campos, em evento realizado em São Paulo. A migração da TV
analógica para a Digital também está no radar da Eutelsat. Hoje o
satélite está fora do processo.
Mas para o VP Global de
desenvolvimento comercial da Eutelsat, Cristhoph Limmer, seria
interessante viabilizar a participação das operadoras satelitais.
Oficialmente, a Eutelsat não levou a reivindicação ao GIRED, grupo que
comanda a transição, ou para a EAD, criada pelas teles para fomentar a
migração. Mas já conversou com radiodifusores, operadoras de telecom e
governo. "Não apresentamos uma proposta oficial, mas acreditamos que há tempo para sentarmos e apresentarmos as vantagens", pontuou Rodrigo Campos.
O VP Global da
Eutelsat, Cristhopher Limmer, garante que o satélite pode reduzir em até
três anos o tempo da migração (agora estimado para 2023). "Não
vejo uma migração só pelo meio terrestre. O satélite vai ter que entrar
nesse processo num país como o Brasil", ponderou. " O desafio está nos
set-top boxes e antenas. Está em decidir quem vai pagar por isso entre
os atores do processo", completou o executivo.
O satélite Eutelsat 65
West A possui ainda 24 feixes para a banda Ka, voltada para a banda
larga via satélite, sendo 16 para o Brasil e 8 para outros países da
região. Aqui toda a capacidade foi comprada pela Hughes. "Qualquer modelo de negócios terá de ser visto com eles", frisou o presidente da Eutelsat Brasil.
Campos, no entanto, rebateu a tese que o serviço satelital é caro. "Não
é. esse estigma existe, mas a banda larga satelital não é para grandes
centros. Ela é direcionada para lugares sem infraestrutura. Já para a
TV, o satélite se mostra como o meio para atingir milhões ao mesmo
tempo", finalizou.
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